DICAS DE GEOGRAFIA
PARAGUAI
12/08/2015 20:35DADOS PRINCIPAIS
ÁREA: 406.752 km²
CAPITAL: Assunção
POPULAÇÃO: 6,9 milhões de habitantes (estimativa 2014)
MOEDA: guarani
NOME OFICIAL: República do Paraguai (República del Paraguay).
NACIONALIDADE: paraguaia
DATA NACIONAL: 14 e 15 de maio (Independência); 25 de agosto (Dia da Constituição).
GEOGRAFIA DO PARAGUAI :
LOCALIZAÇÃO: sul da América do Sul
FUSO HORÁRIO: - 1 hora em relação à Brasília
CLIMA DO PARAGUAI: tropical seco (NO e NE), tropical (centro), subtropical (S).
CIDADES DO PARAGUAI (PRINCIPAIS): Assunção; Ciudad del Este, San Lorenzo, Lambare, Fernando de la Mora.
COMPOSIÇÃO DA POPULAÇÃO: eurameríndios 95%, ameríndios 3%, europeus ibéricos 2% (1996).
DIVISÃO POLITICO-ADMINISTRATIVA: 17 departamentos e uma capital da República.
IDIOMAS: espanhol (oficial) e guarani.
RELIGIÃO: cristianismo 92,9% (católicos), outras 7,1% (1995).
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 16,96 hab./km2 (ano de 2014)
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,7% ao ano (entre 2010 e 2015)
TAXA DE ANALFABETISMO: 6,1% (ano de 2014).
RENDA PER CAPITA: US$ 4.040 (referência: ano de 2013).
IDH: 0,669 (Pnud 2012) - médio
ECONOMIA:
Produtos Agrícolas: soja, algodão em pluma, cana-de-açúcar, mandioca.
Pecuária: bovinos, suínos, aves.
Mineração: calcário, gipsita, petróleo.
Indústria: alimentícia, bebidas, tabaco, madeireira, têxtil, vestuário, couro, petroquímica, gráfica e editorial, metalúrgica, produtos minerais não metálicos.
PIB: US$ 29,9 bilhões (referência: ano de 2013)
Força de Trabalho: 3,5 milhões de trabalhadores (referência: ano de 2013)
RELAÇÕES EXTERIORES:
Banco Mundial, ONU, FMI, Grupo do Rio, OEA, MERCOSUL, OMC.
Principais características da economia do Paraguai
O Paraguai possui uma das economias mais fracas da América do Sul. É muito dependente do comércio informal de bens de consumo importados para os países vizinhos (Brasil, Argentina e Uruguai). Existem milhares de microempresários e trabalhadores ambulantes de rua, principalmente em Ciudad del Este (na fronteira com o Brasil). A indústria paraguaia é fraca e pouco diversificada. Parte significativa do orçamento paraguaio é derivado da energia elétrica excedente que o país exporta para o Brasil, através da Usina Hidrelétrica de Itaipu (usina binacional).
O país também é muito dependente da agricultura, que corresponde a quase 50% do PIB paraguaio. O principal produto exportado é a soja. Logo, fica muito dependente das exportações desta commodities.
Os dois principais problemas para o avanço econômico do Paraguai é o alto grau de informalidade da economia e a falta de investimentos em infraestrutura.
Dados da economia do Paraguai
Principais setores econômicos: setor informal (comércio), agricultura, pecuária e indústria.
Moeda: Guarani
PIB: US$ 41,1 bilhões (estimativa 2012)
PIB per capita: US$ 6.100 (estimativa 2012)
Taxa de crescimento do PIB: -0,5% (2012 - estimativa)
Composição do PIB por setor da economia: serviços (60,8%), indústria (19,4%) e agricultura (19,8%) - (estimativa 2012)
Força de trabalho (2012): 3,1 milhões de trabalhadores ativos
Taxa de desemprego: 6,9% (2012)
Investimentos: 17,9% do PIB (2012 estimativa)
População abaixo da linha de pobreza: 34,7 % (2010)
Dívida Pública: 14,7% do PIB (2012 - estimativa)
Taxa de Inflação: 4,6% (2012 - estimativa)
Principais produtos agropecuários produzidos: algodão, cana, soja, milho, tabaco, mandioca e frutas.
Principais produtos industrializados produzidos: cimento, tecidos, açúcar, produtos de madeira e aço.
Principais produtos exportados: soja, ração, carne, algodão, óleos comestíveis e eletricidade (principalmente para o Brasil)
Principais produtos importados: veículos, bens de consumo, combustíveis, produtos químicos e máquinas
Principais parceiros econômicos (exportação): Brasil, Argentina, Uruguai e Chile.
Principais parceiros econômicos (importação): Brasil, China, Estados Unidos e Argentina
Exportações (2012 - estimativa): US$ 4,7 bilhões
Importações (2012- estimativa): US$ 9,7 bilhões
Saldo da balança comercial (2012): déficit de US$ 5 bilhões
Organizações comerciais que participa: MERCOSUL
Informações sobre a Geografia do Paraguai
Localização Geográfica: região central da América do Sul
Coordenadas Geográficas: 23 00 S, 58 00 W
Limites geográficos: Bolívia (norte), Argentina (Sul), Brasil (leste) e Argentina (oeste)
Área: 406.752 km²
Fronteiras com os seguintes países: Bolívia, Brasil e Argentina
Extensão do litoral: 0 km
Clima: tropical seco (NO e NE), tropical (centro), subtropical (S).
Relevo: planaltos a leste; escarpas na região oeste.
Ponto mais baixo: junção dos rios Paraguai e Paraná (46 metros)
Ponto mais alto: Cerro Peró (842 metros)
Principais recursos naturais: minério de ferro, manganês, calcário.
Uso da terra: terra arável (7,47%), culturas permanentes (0,24%) e outros (92,29%)
Principais rios: Paraguai e Paraná.
Principais problemas ambientais: poluição dos rios, desmatamento, descarte inadequado de resíduos prejudiciais à saúde, poluição do ar.
Informações sobre a População do Paraguai
População: 6,5 milhões de habitantes (estimativa 2012)
Grupos étnicos: eurameríndios 95%, ameríndios 3%, europeus ibéricos 2% (1996).
Línguas: espanhol (oficial) e guarani.
Religiões: cristianismo 92,9% (católicos), outras 7,1% (1995).
Estrutura etária:
0 a 14 anos: 28,5%
15 a 64 anos: 65,4%
65 anos ou mais: 6,1% (estimativa 2012)
Idade média da população: total: 25,4 anos / homens: 25,1 anos / mulheres: 25,6 anos (estimativa 2011)
Taxa de crescimento populacional: 1,25% por ano (estimativa 2012)
Taxa de natalidade: 17,22 nascimentos por 1000 habitantes (estimativa 2012)
Taxa de mortalidade: 4,59 mortes por 1000 habitantes (estimativa 2012)
Taxa de mortalidade infantil: 22,2 mortes por 1000 nascidos vivos (estimativa 2012)
Taxa de migração: -0,08 por 1000 habitantes (estimativa 2012)
Urbanização: 61% da população total (ano de 2010)
Expectativa de vida: 76,4 anos (estimativa 2012)
Taxa de fecundidade: 2,06 filhos por mulher (estimativa 2012)
Índice de Alfabetização: 94% da população (2003)
HISTÓRIA DO PARAGUAI
O território que atualmente corresponde ao Paraguai foi habitado primeiramente por índios guaranis, gaycurus e payaguás. Em 1530, teve início a colonização espanhola, criando o forte de Nossa Senhora da Assunção (atual Assunção) como a base da colônia no século XVI. A população nativa foi escravizada durante o século XVII, esse fato impulsionou a realização de missões jesuítas com o intuito de proteger os índios. No entanto, essas missões foram reprimidas com violência por parte dos colonizadores portugueses e espanhóis, que massacraram as comunidades indígenas.
O Paraguai obteve sua independência no dia 15 de maio de 1811, e iniciou um processo de isolamento das demais nações sul-americanas. Em setembro de 1840, com a morte do ditador José Gaspar Rodríguez Francia, no poder desde 1814, o país passou a ser governado por Carlos Antonio López, promovendo um intenso processo de industrialização e investimentos em infraestrutura, um exemplo foi a construção da primeira ferrovia na América do Sul.
Em 1862, Francisco Solano López, filho de Carlos Antonio López, assumiu a presidência do Paraguai. A nação conseguiu um alto grau de desenvolvimento econômico, atingindo status de potência regional no continente. Visando expandir seu comércio, o país entrou em guerra contra o Brasil, Argentina e Uruguai, na busca de obtenção de territórios que possuíssem saída para o mar. Esse conflito ficou conhecido como Guerra do Paraguai, e se estendeu durante os anos de 1865 a 1870. No entanto, as consequências desse conflito para os paraguaios foram extremamente negativas, pois o país foi derrotado, tendo aproximadamente 50% da sua população morta, destruição da infraestrutura, além de perdas territoriais, fatos que prejudicaram – e ainda prejudicam – o desenvolvimento econômico do país.
Outro conflito envolvendo o Paraguai foi a Guerra do Chaco (1932 – 1935), que foi travada contra a Bolívia por disputa territorial da região do Chaco Boreal, pois foi descoberto petróleo nessa área. Nessa ocasião, o Paraguai saiu “vencedor” e conquistou cerca de 75% da região disputada.
Em 1936, oficiais liderados por Rafael Franco iniciaram a Revolução Febrerista, que realizou a reforma agrária e nacionalizou parte da economia, promovendo uma política populista. Porém, em 1937, Franco foi deposto pelos liberais.
Em seguida, o Paraguai passou por vários golpes políticos, sendo interrompidos em 1954 com a queda do presidente Frederico Chávez e a posse do general Alfredo Stroessner. Com o apoio do Partido Colorado, instalou-se uma ditadura no Paraguai, com repressão a manifestações. Somente em fevereiro de 1989, um golpe militar tirou do poder Stroessner, que se refugiou no Brasil. O líder do golpe, Andrés Rodríguez, elegeu-se presidente.
O ex-bispo Fernando Lugo, em abril de 2008, tornou-se presidente do Paraguai com 42,2% dos votos. Através da coalizão partidária Aliança Patriótica para a Mudança (APC), que reúne partidos de extrema esquerda e de centro-direita, findou-se a hegemonia do Partido Colorado, que governou o país durante 61 anos. Em abril de 2009, o envolvimento de Lugo num escândalo de paternidade gerou uma grande crise política no país.
CULTURA PARAGUAIA
Gastronomia
A cozinha paraguaia mescla carne de gado, ovina, caprina e carnes silvestres com produtos vegetais como a mandioca, o milho, o choclo(milho terno), a batata e a abóbora.
O almidón é a farinha de mandioca, produto com o qual se elaboram as variedades de "chipas", delicioso pão paraguaio.
Com a farinha de milho se elabora as mais variadas sopas paraguaias, e com o milho terno se elabora o chipá guazú. Algumas das comidas mais conhecidas e representativas do Paraguai são: a sopa paraguaia (torta salgada de farinha de milho), a sopa paraguaia recheada com carne e queijo, o assado de panela, a parrilha, o assado, o chicharrón trenzado (carne feita em tiras entrelaçadas que é fervida e logo se frita), o pastel mandió (empanadas feitas com purê de mandioca, farinha de milho e recheado com carne), entre outros.
Com relação às sobremesas, são destaques: O quivevé (polenta feita com farinha de milho, açúcar, leite e queijo), a mazamorra (feita de milho) e os doces de laranja, leite, goiaba e finalmente o mel de cana com queijo.
Música e dança
A cultura paraguaia é uma combinação de elementos guaranis e espanhóis, ampliada pelas recente influencias argentinas, alemãs e italianas. Seu longo isolamento lhe permitiu conservar muitos elementos introduzidos nos séculos XVI e XVII pelos conquistadores, artistas e missioneiros jesuítas procedentes da Espanha. O Ateneo paraguaio é um importante centro cultural que promove exposições de arte, conferências e concertos; outros centros culturais destacados são: a Academia de Língua e Cultura Guarani, a Associação Indianista do Paraguai e o Teatro Guarani.
Artesanato
O artesanato paraguaio é um dos pontos fortes do comercio local e também uma característica cultura muito importante para o país. O teatro, a literatura e o esporte também têm suas contribuições para uma cultura bastante diversificada, assim como a culinária local que acaba atraindo turistas.
A literatura paraguaia
Paraguai foi terra de numerosos poetas, em especial em língua guarani. Destacam-se com suas poesias nesta língua Natalicio de María Talavera, Narciso R. Colmán, Juan E. O'Leary, Ignacio A. Pane, Marcelino Pérez Martínez, Julio Correa, Francisco Martín Barrios, Emiliano R. Fernández, Manuel Ortiz Guerrero, Félix Fernández, Darío Gómez Serrato, Miguel G. Fariña, Manuel D. Cardozo, Matías Nuñez González, Deidamio González, Hérib Campos Cervera, Enrique E. Gayoso, Emilio Bobadilla Cáceres, Mauricio Cardozo Ocampos, Mariano Celso Pedrozo, Gumersindo Ayala Aquino, Meneleo Zonza Coronel, José Asunción Cunha, Francisco Cristaldo, Julián Bobadilla, Carlos Miguel Jiménez, Julián Paredes, Crispiniano Martínez González, Teodoro Salvador Mongelós, Clementino Ocampos, Cecilio Méndez, Pedro Azinheira Ramos, Rubén Darío Gramas (Tatajyva) e Gabino Ruíz Díaz Torales (Rudi Torga).
A literatura do Paraguai se construiu mais com as contribuições dos exilados que com as dos escritores que viveram na pátria. Efetivamente, os dois poetas paraguaios de maior renome internacional, Hérib Campos Cervera (1905-1953) e Elvio Romero (1926-2004), escreveram praticamente toda sua obra no exílio, ambos em Buenos Aires. Considerado o poeta mais importante da promoção de 1940, Campos Cervera é também um dos três escritores de dito grupo (com Josefina Plá e Augusto Roa Bastos) que maior influência tiveram na literatura paraguaia contemporânea.
O criacionismo, movimento poético fundado pelo chileno Vicente Huidobro, cuja doutrina proclama a total autonomia do poema. Segundo dados do pesquisador e crítico Raúl Amaral, em nosso país a informação sobre esta tendência literária está contida num artigo publicado pelo escritor paraguaio Federico García (1892-1923) em El Liberal.
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