DICAS DE GEOGRAFIA


EUA vão reconhecer Jerusalém como capital de Israel

05/12/2017 21:44

EUA vão reconhecer Jerusalém como capital de Israel, diz TrumpVista geral de Jerusalém, com destaque para o Domo da Rocha, em foto de 1º de dezembro  (Foto: Thomas Coex/AFP)

Embaixada deve sair de Tel Aviv. Líderes árabes tiveram reação imediata e negativa; parte leste de Jerusalém seria futura capital palestina.

Nesta terça-feira (5.12.2017), o presidente Trump voltou a tocar em um assunto delicado, uma promessa dele na campanha eleitoral: o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel.

Donald Trump deu a notícia em uma série de telefonemas. Falou com o presidente da França, Emmanuel Macron; com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; e com o rei da Jordânia, Abdullah II.

Os líderes árabes tiveram uma reação imediata e negativa à notícia de que os Estados Unidos vão reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e transferir a embaixada americana de Tel Aviv para lá.

Israel considera Jerusalém a capital do país. O lado oeste pertence a Israel desde que o país foi criado em 1948. Mas a parte leste, onde a população é predominantemente árabe, foi ocupada por tropas israelenses durante a guerra de 1967. E os palestinos querem estabelecer ali a futura capital do país que pretendem criar.

O porta-voz do presidente da Autoridade Palestina disse que a decisão fere a lei internacional e pode significar o fim do processo de paz na região. O presidente da TurquiaRecep Tayyip Erdogan, alertou que o país pode romper relações diplomáticas com Israel se os Estados Unidos reconhecerem Jerusalém como capital israelense.

A representante da União Europeia para Relações Exteriores afirmou que qualquer ação que ameace a criação de dois estados independentes para israelenses e palestinos deve ser completamente evitada.

Trump deve anunciar a decisão na quarta-feira (6). Grupos militantes palestinos na Faixa de Gaza e na Cisjordânia convocaram protestos que chamaram de “Dia de Fúria”.

Mudar a embaixada americana foi uma promessa de campanha feita por Donald Trump, principalmente para agradar grandes doadores políticos americanos. Para esses doadores, o risco de alienar os palestinos ou provocar novos conflitos, como tantos no passado, é menos importante do que promover a expansão territorial de Israel.

A embaixada americana deve permanecer em Tel Aviv pelo menos por mais seis meses. A porta-voz da Casa Branca disse que Trump vai fazer o que for melhor para os Estados Unidos.

“O presidente está bem confiante nesta decisão”, afirmou Sarah Sanders.

Fonte: G1

 

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